MINHA HISTÓRIA MINHA ORIGEM
Com o objetivo de resgatar o histórico das comunidades de onde a Escola Municipal de Ensino Fundamental Carmen Lisboa Trindade de Murta recebe alunos, foi desenvolvido o projeto MINHA HISTÓRIA MINHA ORIGEM.
Com a realização de uma pesquisa de campo abrangente, envolvendo alunos desde a Pré -escola até a oitava série do ensino fundamental, buscando em cada comunidade a veracidade dos fatos através de relatos de pessoas mais antigas de cada comunidade, de fotos e objetos que retratem o passado de cada uma, desde os primeiros moradores, origem do nome e até algum mistério que envolva cada uma das dez localidades que formam o corpo discente da Escola Carmen Lisboa Trindade.
Após o recolhimento dos dados foi feita a junção dos fatos de forma a ordenar em sequência lógica os acontecimentos que melhor se aproximam da realidade histórica de cada comunidade.
Os alunos de pré-escola a quinto, com o auxilio do professor da classe, fizeram a dramatização histórica das comunidades para os demais alunos e comunidade escolar no dia 13 de setembro.
BARRO PRETO ( Pré-escola)
Seguindo de Serra Velha encontraremos outra comunidade chamada BARRO PRETO, que recebeu essa denominação devido a um solo de cor preta, que segundo moradores é uma característica específica do local.
BELO MONTE ( 3º ano)
Descendo em direção ao Rio Pardo por uma das estradas principais de Murta iremos nos deparar com uma serra de montanhas lindas que a natureza esculpiu com perfeição e, dentre essas, um serro recebe merecido destaque por sua altura. Um monte de terras protegido por mata fechada, cercado por inúmeras montanhas menores, foi o que deu origem a esta localidade: BELO MONTE.
Outra versão:
Segundo pesquisa realizada pela escola, BELO MONTE teria sido uma expressão de admiração utilizada por caçadores que em determinada época fizeram uma matança muito grande de porco do mato e foram amontoando a caça em um monte, daí a expressão: MAS QUE BELO MONTE!
POSSE DO CAÇADOR (5º ano)
Segundo dados da pesquisa, essa localidade denominou-se Posse do Caçador devido a pessoas que vinham para caçar e, acabavam por fixar residência na localidade, se apossando das terras tempo depois.
MURTA ( 1º ano)
Por volta do ano 1845 essa comunidade recebe alguns moradores que fixam residência em terras próxima.
Dão à ela o nome de Posse dos Prado por ser habitada por famílias de sobrenome Prado.
Mais tarde outros moradores vem para a localidade, aí, já denominada Serrinha do Pinhal. Nome dado em função da grande quantidade de araucária (pinheiro).
Serrinha do Pinhal também passou a ser o nome de uma comunidade vizinha, e, então resolveram por lógica chama-la de Murta.
A denominação MURTA deu-se devido a uma enorme árvore de nome MURTA que havia na localidade.
Hoje, distrito de Passa Sete, comunidade de médios e pequenos produtores rurais que vivem da própria renda. Localizada há18 km da sede, Murta é composta pelas comunidades de Costa do Rio, Lajeado Sobradinho, Carijo do Buraco, Belo Monte, Caçador e Posse do Caçador.
Murta possui vários pontos turísticos de belezas naturais, que vão desde matas virgens, rios, lagos e cascatas de grandes quedas.
Todos os anos a comunidade realiza a Festa do Divino, e se prepara para receber milhares de devotos vindos de muitas cidades, inclusive da grande Porto Alegre.
A imagem do Divino Espírito Santo tem seu início numa história de fé e devoção. As primeiras missas eram realizadas na casa do Senhor Bernardo Macedo, que, segundos fatos contados por pessoas da comunidade, Bernardo teria buscado em Candelária a primeira imagem do Divino, por volta de 1915. A partir desta data sua casa vira local de devoção e ali são realizadas as celebrações religiosas. Dom Guilherme Muller, pároco de Candelária, subia a serra no lombo de burro, pelo menos uma vez ao ano para celebrar missa na casa de Bernardo Macedo. O Divino vem desde então, visitando as casas de todos os moradores da região, abençoando as pessoas e concedendo-lhes inúmeras graças.
A Escola Carmen Lisboa Trindade, maior educandário do município recebe alunos de Murta e vários outros interiores oferecendo educação de ótima qualidade para alunos de pré-escola a oitava série com salas de aula amplas, laboratório de informática e ciências, refeitório, biblioteca, área coberta, ginásio de esporte e pátio fechado com espaço para praticas pedagógicas e recreação.
A escola recebeu esse nome em homenagem a doadora do terreno, que por muitos anos dedicou seu tempo como educadora da escola, mãe de onze filhos, esposa dedicada e de bom coração que esteve sempre ao lado dos necessitados da localidade. Dona Carmen deixou saudades, mas acima de tudo o exemplo de mulher que se deve seguir.
Próximo à escola temos o posto de saúde com atendimento de enfermeira, médico e dentista.
CAMPO DE SOBRADINHO (4º ano A)
Por uma bela região de campos passavam viajantes que seguiam em direção a Rio Pardo e Soledade, trazendo e levando mercadorias. A viagem tornava-se muito cansativa e o pernoite era preocupante, pois não havia local seguro que desse condição ao viajante e a carga. Decidiram então construir um sobrado que servisse de abrigo e hospedagem. O sobrado foi erguido em dois pisos, sendo o primeiro de pedra e, o segundo de tábua. Esse sobrado deu origem a esse lugar e a cidade mãe: Sobradinho.
CARIJO DO BURACO (5º ANO)
Os primeiros moradores que fixaram residência próxima ao Rio Pardo plantaram ali muitos pés de erva mate para comercialização e também para o próprio sustento. Com mão de obra familiar colhiam e fabricavam ali mesmo a erva mate para o chimarrão.
Em um monjolo os galhos passavam por uma secagem e mais tarde a erva era triturada em carijos movidos pela água do Rio Pardo.
Como referência esse lugar, passou a chamar-se Carijo do Buraco.
LAJEADO SOBRADINHO (4º ano A)
Um pequeno córrego nascia próximo ao sobrado de madeira construído em Campo de Sobradinho pelos viajantes que seguiam em direção a Rio Pardo e Soledade.
Esse córrego era chamado por muitos de lajeado e descia por km até desaguar nas águas do rio pardo. Ali, formou-se uma comunidade, a comunidade de Lajeado Sobradinho.
SERRA VELHA (4º ano B)
O povoamento do interior estava em constante crescimento, mas para adquirir material para a construção das casas era preciso se deslocar muitos km. Pensando no bem estar dos futuros vizinhos e em sua própria renda uma família construiu um engenho de madeira que iria fabricar (serrar) tábuas para a construção das casas. Essa serra se tornou um ponto de referência da localidade e, mais tarde, o nome da localidade.
CAÇADOR (2º ano B)
A caça de animais selvagens era uma prática costumeira na região, para alguns era uma forma de alimentação e, para outros, apenas diversão. Contam que esse ato era praticado especialmente em uma determinada localidade e, por esse motivo, passaram a chamá-lo de CAÇADOR.
COSTA DO RIO ( 2º ANO A)
Nas margens do Rio Pardo, próximo a localidade de Belo Monte, formou-se um povoado de agricultores que dispostos a cultivar a terra e prosperar fixaram residência.
Hoje, denominada Costa do Rio, é um dos pontos turísticos do município, onde podemos encontrar belas cascatas.
O resgate histórico das comunidades nos fez valorizar ainda mais a cultura local, a sabedoria das pessoas mais velhas que, na simplicidade de suas respostas souberam transmitir fatos que até então não eram de nosso conhecimento.
Através dos relatos, objetos e fotos, descobrimos o porquê da denominação de cada comunidade, primeiros moradores, crenças e mitos. Também se tornou possível o acompanhamento da evolução social de cada uma, a distância entre elas e, a importância do registro dos fatos.
A transmissão das descobertas feita pelos alunos através da encenação deu mais vida a pesquisa de cada um, além de proporcionar a participação direta na busca dos fatos, eles foram produtores de seus próprios materiais para as encenações e da caracterização do personagem.
